- A empresa liderada por Lorena Vargas consolidou-se como referência em sustentabilidade e diversificação produtiva, integrando orientação ao serviço e promovendo ativamente a participação feminina na indústria madeireira.
Guivar Transforma, localizada em Trehuaco e Coelemu, região de Ñuble, representa um caso exemplar de como as pequenas e médias empresas florestais podem liderar mudanças significativas na indústria. Sob a direção de Lorena Vargas, engenheira comercial e atual vice-presidente da PyMeMad Biobío-Ñuble, a empresa revolucionou seus processos produtivos enquanto constrói um modelo de negócios mais inclusivo e sustentável.
A transformação começou em 2010, quando um projeto de inovação melhorou radicalmente os processos de secagem e certificação da madeira, permitindo diversificar o portfólio de produtos e aumentar a capacidade produtiva. Esta modernização tecnológica não apenas otimizou a qualidade do produto final, mas também fortaleceu a rastreabilidade desde a floresta até o cliente, um valor diferenciador no mercado atual.
"Transformamos a madeira destacando seu caráter renovável e sustentável, agregando valor em cada etapa do processo", explica Vargas, que assumiu a subgerência em 2019 e a gerência geral no final de 2021, liderando a empresa durante os desafios da pandemia e após o falecimento de seu pai fundador em 2022.
Entre os avanços mais relevantes está a incorporação progressiva de mulheres em áreas operativas, alcançando 17% de participação feminina, com a meta de chegar a 30% até 2030. Esta política de equidade estende-se a todos os níveis de tomada de decisão, desafiando estereótipos em um ramo historicamente masculino. Paralelamente, a empresa implementou diversas instâncias orientadas a fortalecer o bom serviço, ajustadas tanto às necessidades reais dos trabalhadores e trabalhadoras quanto às demandas do mercado atual, contribuindo assim para uma cultura organizacional mais eficiente, colaborativa e centrada nas pessoas.
Guivar Transforma demonstra que as PMEs florestais podem ser motores-chave do desenvolvimento local, gerando emprego de qualidade, impulsionando práticas sustentáveis e contribuindo para o crescimento econômico das comunidades rurais. Uma mostra concreta de que inovação e tradição podem coexistir e potencializar-se mutuamente na indústria florestal chilena.